terça-feira, 22 de maio de 2012

MINISTÉRIO PÚBLICO DE SÃO PAULO DETERMINA NOVAS DILIGÊNCIAS NO CASO EXTRA


Do AFROPRESS

S. Paulo - O Ministério Público de S. Paulo determinou a realização de novas diligências no caso dos três menores negros agredidos e humilhados por seguranças do Hipermercado Extra, do Grupo Pão de Açúcar, da Marginal do Tietê na Penha.

A promotora Vânia Maria Tuglio, que acompanha o caso, devolveu o Inquérito ao delegado Marcos Aníbal Arbues Andrade, do 10º DP da Penha e determinou que a Polícia Civil ouvisse novamente os três para que fizessem o reconhecimento, por fotos, das dependências da loja para onde foram levados, sob a acusação de que teriam furtado mercadorias que haviam sido pagas.

Os menores T., hoje com 11 anos, W. e M., respectivamente com 13 e 14 anos, foram obrigados a tirar a roupa sob a ameaça de chicotes e xingados de “negrinhos fedidos”. Além das ameaças e xingamentos, W. e M disseram à Polícia que também foram agredidos com tapas no peito e nas áreas genitais.

O caso aconteceu em janeiro de 2011, e a família de T. já foi indenizada pelo Pão de Açúcar. O Grupo, porém, se recusa a extender o valor da indenização de R$ 260 mil às famílias dos dois outros menores e, segundo o advogado Alexandre Mariano, constituído pela família de ambos, vem tentando abafar a investigação.

Reconhecimento

No ato de reconhecimento ocorrido na semana passada, W. e M. reconheceram a sala em que foram agredidos. T, contudo, não compareceu. Segundo Mariano, o pai do menor, Diógenes Pereira da Silva (foto), mudou de postura após ser indenizado, passou a ter comportamento arredio e não vem atendendo às convocações para depor.

O advogado disse que pedirá uma reunião com a representante do Ministério Público para relatar as dificuldades que tem sido criadas pelo Grupo Pão de Açúcar para apurar o caso de agressão que teve repercussão nacional e internacional a partir da denúncia feita pela Comissão de Direitos Humanos da OAB/SP e do noticiário da mídia e dos telejornais das principais redes de TV.

Operação Abafa

Segundo o Mariano, o Grupo tem atuado para que a investigação não seja conclusiva quanto a responsabilidade de dois dos seguranças acusados e já reconhecidos pelos menores. Embora tenham sido reconhecidos, Márcio Ojeda e Jefferson Alves Domingos não foram indiciados pelo delegado. Este último, inclusive, de acordo com o advogado, continua trabalhando normalmente na loja.

O advogado disse que manifestará ao MP sua estranheza pelo fato de os acusados – mesmo reconhecidos – não terem sido formalmente indiciados no Inquérito.

“A situação é ainda mais grave porque o Grupo Pão de Açúcar vem se utilizando disso para não reconhecer sua responsabilidade pela agressão aos dois outros menores, enquanto – indiretamente – assumiu, no caso de um deles, ao indenizá-lo”, afirmou.

Um comentário:

  1. A Raquel foi agredida verbal e fisicamente no estacionamento pelo coordenador da Park Land ¬– Juliano Calixto dos Santos-
    Quando Raquel parou o carro no subsolo que esta em reforma para tirar um casaco do corpo pois o ambiente estava quente e mal ventilado, este rapaz veio logo gritando, quando a mesma afirmou que tinha claustrofobia, o mesmo deve ter entendido uma ofensa racial, quando a mesma levou uma pequena e abrupta pancada no rosto com o celular do rapaz . Em Seguida Raquel foi tirar fotos com seu aparelho celular e foi ameaçada por Wellington Cleomar de Assis Alves também funcionário da Park Land.
    Outros funcionários do Park Lan chamaram cerca de uns 15 funcionários do Extra para insultar e ameaçar Raquel, ela não pode ir aos banheiros, os policiais já chegaram orientados, sorte da Raquel sua testemunha era advogada e afirmou perante aos policiais a conduta agressiva do funcionário Juliano, enfim era muito grosso com todos Mas os policiais não solicitaram a presença na delegacia da advogada testemunha nem pegaram os dados como fizeram com as testemunha do funcionário . Enfim os policiais praticaram prevaricação ou corrupção passiva
    Ela foi conduzida ao DP sem direito de ir ao banheiro, em local claustrofóbico na viatura, quando os policiais perceberam o pavor da Raquel deixaram-na na viatura fechada, enquanto o delegado colhia os depoimentos. Na delegacia falamos com nosso advogado pelo telefone celular da Raquel, o escrivão estava histérico aos berros para desestabilizar a Raquel e constatou que tínhamos advogado e então a liberaram.

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