Com
o resultado do Laudo Pericial realizado pelo Grupo de Ações
Táticas Especiais (GATE) da Polícia Militar e pelo Instituto de
Criminalística (IC) de São Paulo, comprova-se o que todos já
sabiam: a prisão dos manifestantes Fábio Hideki Harano e Rafael
Marques Lusvargh foram ilegais e dignas de um Estado de Exceção e a
manutenção delas perpetua esta ilegalidade colocando em cheque a
ação não só da polícia, mas do Ministério Público que os
denunciou como incursos no crime descrito no art. 253 do Código
Penal, dentre outros e do Poder Judiciário que, ao negar-lhes a
liberdade, tomou uma decisão sem qualquer comprometimento com a
legalidade sendo pautada por interesses escusos do governo do Estado
de São Paulo através da justiça estadual.
Está
comprovado que os policiais que participaram da prisão de Hideki e
Lusvargh mentiram ao atestar que ambos portavam explosivos.
Está
comprovado, também, que o Ministério Público (Grupo de Atuação
Especial de Combate ao Crime Organizado - GAECO), ao denunciar os
acusados priorizou as declarações dos policiais, ignorando os
depoimentos dos ativistas, ignorando a existência de testemunhas que
afirmavam não haver artefatos ou explosivos e até mesmo ignorando
também a existência de filmagens fartamente divulgadas na internet
que mostram o momento das prisões e a inexistência de objetos de
posse dos ativistas.
Não
bastasse isso, há relatos dos manifestantes, bem como de seus
parentes, de que na prisão, sofreram maus tratos, sendo que um deles
foi submetido a torturas que muito lembra os atos praticados nos
porões da ditadura.
O
governador, em entrevista à imprensa, não se fez de rogado e
afirmou, que “Tanto o
trabalho da polícia foi bem feito que a Justiça não
soltou”. Lamentamos
o descaramento de Geraldo Alckmin diante dessa absurda e vergonhosa
declaração depois de um laudo que atesta a inocência dos
encarcerados.
Mais
uma vez se comprova o perfil retrógrado, conservador e autoritário
do governo tucano em São Paulo que perdeu a referência inclusive de
dignidade (leia-se vergonha na cara) ao não reconhecer os abusos
praticados em mais esse episódio que agride fortemente os Direitos
Humanos.
O
desgoverno tucano não passará. Que venham as eleições!
Nenhum comentário:
Postar um comentário