quarta-feira, 25 de setembro de 2013

CAMPANHA DESEDUCADOSP ENTREVISTA PROFESSOR DEMITIDO


A campanha DeseducadoSP criada pelo Coletivo Advogados para a Democracia para denunciar o descaso existente na educação pública no Estado de São Paulo entrevistou o professor Roberto de Andrade Caetano que leciona filosofia.

Roberto nos contou as dificuldades que existem para o professor de escola pública e a situação absurda em que se encontra. 

Ele pertence a uma categoria de professores criada em 2009 pelo governo do Estado chamada "O" que precariza ainda mais a atuação dos profissionais da educação.

Por pertencer a tal categoria, Roberto foi demitido porque aderiu à última greve dos professores.

Confira:

terça-feira, 24 de setembro de 2013

USP COLABOROU COM A DITADURA

 Comissão da Verdade
Da Carta Capital

A Universidade de São Paulo colaborou sistematicamente com a repressão do regime militar. A prática, segundo Ivan Seixas, coordenador da assessoria da Comissão da Verdade do Estado de São Paulo “Rubens Paiva”, era comum não apenas na Universidade de São Paulo, mas em todas as universidades públicas do País.

“Tanto é verdade que a USP tinha o que se chamava de AESI (assessoria especial de segurança e informação), assim como eram as ASIs (assessoria de segurança e informação), subordinada ao DSI (Divisão de Segurança e Informação) do MEC”, afirmou durante audiência pública da comissão. “Eram funcionários que faziam a vigilância de estudantes e professores considerados subversivos, que acabavam sendo expulsos e impedidos de estudar ou trabalhar em outras entidades educacionais.”

A colaboração da universidade é comprovada por meio de documentos oficiais, como um apresentado por Seixas, que data de 24 de novembro de 1975. O ofício saído do gabinete do reitor via AESI informa agentes do Dops sobre a Semana dos Direitos Humanos, realizada por centros acadêmicos e grêmios de 10 a 15 de novembro daquele ano, na Igreja São Domingos, em Perdizes, zona oeste de São Paulo. Traz ainda nomes de professores que teriam participado do evento organizado por estudantes da universidade.
Apesar de ter sido questionada sobre a existência dessa assessoria que colabora com a ditadura, Seixas disse que a USP ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso e não mostrou determinação de apurar a questão.

Presente na audiência, o deputado estadual Adriano Diogo (PT), presidente da comissão, lembrou que quando um estudante era preso e ia para a Operação Bandeirante (Oban), a reitoria da USP fornecia ficha, foto, assim como detalhes de sua vida pessoal e acadêmica. “O sistema de colaboração da USP era ‘online’”, ironizou o parlamentar.

Estrutura. O papel da USP como colaboradora foi destacado em audiência envolvendo as comissões da verdade estadual, municipal e também a nacional, representada por Rosa Cardoso. A sessão destacou ainda como funcionava a estrutura de repressão do Estado repressor. Documentos obtidos na Marinha mostram uma estrutura complexa, em que assessorias eram subordinadas aos DSIs e, consequentemente, ao SNI (Serviço Nacional de Informações). “O funcionamento mostra que os órgãos de informação não tinham poder de decisão. A estrutura não parava no sargento ou no investigador. Não havia os chamados porões da ditadura. Era uma estrutura completa”, explicou.

Segundo ele, todas as ações eram tomadas antecipadamente e subordinadas ao SNI. Os agentes também recebiam orientações e tinham de seguir ordens. “A cadeia de comando mostrava que não existia vontade própria. Se o torturador resolvesse matar não obedecendo àquela estrutura, ele era punido”, ilustrou. “Mostramos é que não existe uma escolha sem controle. A decisão de torturar e assassinar não era do torturador. Eram ações coordenadas e decididas por uma cúpula.”

Confira abaixo o documento apresentado:

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

MAIS MÉDICOS PARA O BRASIL


O Brasil possui historicamente enormes dificuldades para garantir o acesso à saúde de qualidade para todos os cidadãos. Trata-se de um problema gravíssimo que sempre existiu e que precisa ser resolvido com urgência.

Diante desse cenário surge o programa de contratação de médicos estrangeiros idealizado pelo governo federal chamado "Mais Médicos" para que tal defasagem deixe de existir. Para tanto é necessário que profissionais da medicina passem a prestar serviços nas inúmeras cidades carentes em diversas regiões do país.

O apoio à iniciativa é inequívoca para qualquer cidadão com o mínimo de percepção social. Não obstante, é importante ressaltar que o caos na saúde não existe apenas por falta de profissionais da área mas também devido à falta de infraestrutura e à manutenção do acesso restrito à formação acadêmica.

Nesse sentido, o vestibular seleciona os mais bem preparados para se formarem médicos nas universidades que, quase invariavelmente, são cidadãos de classes privilegiadas que ideologicamente não possuem qualquer vínculo com a luta por melhorias sociais. Fato que fará com que os futuros médicos não queiram devolver à sociedade a oportunidade que receberam dela, realizando atendimento aos cidadãos necessitados.

O "Mais Médicos" é um paliativo, porém necessário. É preciso que o programa seja o primeiro passo para a realização de uma transformação da saúde em nosso país.

Todo apoio aos médicos estrangeiros no Brasil.