domingo, 16 de setembro de 2018

NOTA DE REPÚDIO


São Paulo, 16 de setembro de 2018
“A GCM veio com toda a força, jogaram gás de pimenta, me deram soco no estômago, cuspiram em mim, falaram coisas horríveis”.
Os fatos narrados, que seriam inaceitáveis em quaisquer circunstâncias, tornam-se ainda mais chocantes quando sabemos que foram ditas pelo Padre Julio Lancelotti, da Pastoral do Povo de Rua, de 69 anos e uma vida inteira dedicada ao atendimento de pessoas em situação de rua e aos Direitos Humanos.
Chocante é a palavra que define o ataque com gás de pimenta, cassetetes e armas de choque, sofrido na última sexta-feira, dia 14 de setembro, no espaço de convivência São Martinho de Lima, na Mooca. Num país que criminaliza quem precisa da ação positiva do Estado, a miséria e o abandono são cada vez maiores e mais visíveis. O que torna este ataque ainda mais grave é o fato de ter ocorrido dentro de um espaço dedicado ao atendimento aos desassistidos. Cerca de 20 integrantes da GCM invadiram o Centro para recolher os poucos pertences pessoais, perseguiram as pessoas na cozinha, nos banheiros. Chamado para intermediar o conflito, Padre Julio também foi agredido.
Nós que assinamos essa manifestação  repudiamos a ação que teve por objetivo apenas negar a existência a quem mais precisa. Nada justifica a truculência, a violência da invasão, os feridos caídos no chão. Nós, que nos dedicamos a fazer a nossa parte para ajuda-los a se levantar, nos unimos ainda mais, nos solidarizamos ao Padre Julio e dizemos basta!

Campanha contra a  Criminalização dos Movimentos Sociais.
COADE - Coletivo Advogados para Democracia.
Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo.
CEDECA - Sé.
Centro de Memória e Resistência do Povo de Mauá e Região.
JAMLAT Brasil - Judeus Progressistas Latino - americanos.
Me dê a Sua Mão.
Grupo Tortura Nunca Mais.
OVPDH - Observatório das Violências Policiais.
Centro Santo Dias de Direitos Humanos da Arquidiocese de São Paulo.
Pastoral Fé e Política da Arquidiocese de São Paulo.
Filh@s e Net@s por Memória Verdade e Justiça.
Secretaria Nacional de Direitos Humanos do Partido dos Trabalhadores.
Comitê Paulista Pela Memória Verdade e Justiça (CPMVJ).
Coletivo  Democracia Corinthiana (CDC).
Pastoral Indigenista de São Paulo.
Núcleo Maximiliano Kolbe (NMK).
JPIC,cmf.
ONG Makaúba.

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