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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

BRUMADINHO E O CAPITALISMO



O capitalismo, na perspectiva de Brumadinho, é o sistema econômico e social que privilegia o capital e deixa em segundo plano o trabalho humano, ao submeter à lógica fria do dinheiro o ser humano, em sua integralidade. (vide o pensamento de Emmanuel Kant sobre a diferença entre pessoa e coisa. Os trabalhadores, homens e mulheres, não passam de coisas, nessas megas empresas).      
                                                   
Horário de almoço, centenas de trabalhadores e de outros segmentos da principal empresa de mineração do ferro no Brasil – a Vale, transnacional canadense e norte americana – foram surpreendidos pela lama. De uma hora para outra, mais de 300 empregados da Vale, além de mais de 300 “desaparecidos” e de um número menor de resgatados, já integravam as listas das autoridades que coordenavam um enorme serviço de socorro. 
As estatísticas da morte apontam para quase 500 vitimas, o maior número de mortos nesse tipo de tragédias no Ocidente. 

Juventude oprimida 

Tudo isso está sendo acompanhado ao vivo e em cores pela opinião pública mundial, que toma conhecimento de que uma das maiores potências econômicas do mundo, o Brasil, permite uma total onda de omissão, de falta de planejamento e de descuido com a vida de ­­­­­­­­­­milhares de pessoas, especialmente jovens e funcionário de baixa renda. 

O cenário de Brumadinho 

Os brasileiros estão contemplando mais uma tragédia ambiental. Um dos sintomas dessa tragédia pode ser assim resumido: 

Falta de planejamento: vários cientistas têm afirmado que as barragens de Mariana e Brumadinho apresentam aspectos inimagináveis em matéria de planejamento rural e urbano. Por exemplo, a localização dos restaurantes, das pequenas propriedades que funcionavam em dependências jurídicas da vale e entre outras. 

Conclusões 

Nos episódios de Brumadinho, pode se notar copiosamente muitas violações aos 30 artigos da declaração universal dos direitos humanos, da ONU, que agora completam 70 anos. O primeiro deles é o direito à vida. 

Direito à vida 

Em seu sentido pleno, é o direito fundamental à vida, “considerado como o direito fundamental e como o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humana”. Considera também como direitos iguais dos homens e das mulheres. Compreende também o caráter inalienável e como fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo. “O menosprezo e o desrespeito do direito do homem levaram a atos bárbaros que ultrajam a consciência da humanidade. Afirma o advento de um mundo em que os homens e as mulheres gozem da liberdade da palavra, de crença e da liberdade de viverem a salvo do terror e da necessidade, foi proclamado com a mais alta aspiração humana” e ainda considera “essencial” proteger os direitos humanos para que o homem não recorra à violência “como ultimo recurso” daí em diante, a DUDH promove a dignidade e o valor da pessoa humana e a igualdade de direitos do homem e da mulher. O Artigo primeiro da DUDH proclama direitos iguais às pessoas que nascem livres e iguais, dotadas de consciência para agirem em relação as outras pessoas “com espírito de fraternidade”. Todos esses direitos estão sendo violados em Brumadinho. 

Desenvolvimento 

Na construção, no funcionamento e na destruição de Brumadinho, o máximo que se faz agora é a recuperação parcial do conceito de progresso confrontado com o conceito de desenvolvimento. O primeiro volta-se para o acúmulo material e materialista dos bens; 

O segundo, ou seja, o conceito de desenvolvimento, concebido pelo papa Paulo VI como “a passagem de condições menos humanas de vida para condições mais humanas de vida”. (Paulo VI, na Carta Populorum Progressio). Nessas barragens foi pensado em quase tudo, menos no bem estar do ser humano jovem trabalhador de baixa renda que se limita a cavar o chão com picaretas ou com as mãos para retirar, de qualquer maneira, o minério de ferro que alimenta o antigo mercado do primeiro mundo. Muitos trabalhadores morreram em Brumadinho queimados pelo ferro incandescente e não diretamente pelo o afogamento segundo os peritos. 

Sem participação 

Não é preciso insistir que obras dessa dimensão foram implantadas sem qualquer tipo de participação de cidadãos e cidadãs dos empregados e empregadores. O que prevaleceu foi o “critério” da retirada do minério como prioridade absoluta. As demais ações econômicas e industriais limitaram-se a intervenção de tecnocratas, todos eles com altos salários. 

Natureza  

A natureza, ou seja, o ecossistema foi violentado desde o primeiro momento da construção das represas. Comenta-se agora que a vale e o governo federal já decidiram destruir dezenas de barragens dentro de um processo que demorará até o ano 2032. Até lá, o prejuízo de Mariana e de Brumadinho continuarão sendo transferidos para terceiros, ou seja, para outros setores da iniciativa privada e do governo, em seus vários níveis. Até aí já foram comprometidos os orçamentos, federais, estaduais e municipais. 




Dermi Azevedo é jornalista, cientista político e escritor. É autor dos livros “Travessias Torturadas” e “Nenhum direito a menos”, graduado em Jornalismo pela UFRN (1979); Especialista em Relações Internacionais pela Fundação Escola de Sociologia e Política de SP (FSESP) com estudo sobre a política externa do Vaticano; Mestre em Ciência Política pela USP, com dissertação sobre o tema "Igreja e Ditadura Militar. Colaboração religiosa com a repressão de 1964”. Doutor em Ciência Política pela USP, com tese sobre “Igreja e Democracia. A democracia na igreja”, sob a orientação do Prof. Dr. Paulo Sérgio Pinheiro. É pai de Carlos Alexandre Azevedo, que foi preso político em 1974 com seus pais e foi torturado pelos policiais. Tinha apenas 1 ano e 8 meses e teve seus dentinhos quebrados pelos policiais ligados ao delegado Sérgio Fleury. Em fevereiro de 2013, Carlos cometeu suicídio com orvedose de medicamentos. E já vinha atribuindo seu sofrimento as seqüelas do crime que sofreu. É coordenador do Núcleo Maximiliano Kolbe de Direitos Humanos/NMK-SP. Colaboraram Elis Regina Almeida, Izabel Cristina da Silva e Isabella Dutra da Silva.


Este artigo reflete as opiniões do autor e não do veículo. O COADE não se responsabiliza e nem pode ser responsabilizado pelas informações, conceitos ou opiniões do (a) autor (a) ou por eventuais prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso da informações contidas no artigo.

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

PRESIDENTE GOLPISTA FOI SALVO NA CÂMARA. CONFIRA OS NOMES DOS RESPONSÁVEIS


Flagrado em ação ilícita, o presidente Michel Temer foi denunciado, criminalmente por corrupção passiva, pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e a maioria dos integrantes da Câmara dos Deputados rejeitou o prosseguimento da denúncia, na última quarta-feira (02/08), por 263 votos contra 227.

"Código Penal, Art. 288 - crime de quadrilha ou bando. Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de cometer crimes:

Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos.

Parágrafo único. A pena aumenta-se até a metade se a associação é armada ou se houver a participação de criança ou adolescente".

Confira os nomes que votaram a favor do criminoso que está na Presidência da República:
Marx Beltrão PMDB AL
Cícero Almeida PMDB AL
Fabio Reis PMDB SE
Andre Moura PSC SE
Ricardo Teobaldo Podemos PE
Mendonça Filho DEM PE
Luciano Bivar PSL PE
Jorge Côrte Real PTB PE
Fernando Monteiro PP PE
Eduardo da Fonte PP PE
Hugo Motta PMDB PB
Danilo Forte PSB CE
Pr. Marco Feliciano PSC SP
Nelson Marquezelli PTB SP
João Campos PRB GO
Bonifácio de Andrada PSDB MG
Hermes Parcianello PMDB PR
Hélio Leite DEM PA
Elcione Barbalho PMDB PA
Beto Salame PP PA
Osmar Terra PMDB RS
Darcísio Perondi PMDB RS
Abel Mesquita Jr. DEM RR
Edio Lopes PR RR
Hiran Gonçalves PP RR
Jhonatan de Jesus PRB RR
Maria Helena PSB RR
Remídio Monai PR RR
Alceu Moreira PMDB RS
Cajar Nardes PR RS
Covatti Filho PP RS
José Fogaça PMDB RS
José Otávio Germano PP RS
Mauro Pereira PMDB RS
Renato Molling PP RS
Ronaldo Nogueira PTB RS
Sérgio Moraes PTB RS
Yeda Crusius PSDB RS
Celso Maldaner PMDB SC
Cesar Souza PSD SC
João Paulo Kleinübing PSD SC
João Rodrigues PSD SC
Marco Tebaldi PSDB SC
Mauro Mariani PMDB SC
Rogério Peninha Mendonça PMDB SC
Ronaldo Benedet PMDB SC
Valdir Colatto PMDB SC
André Abdon PP AP
Cabuçu Borges PMDB AP
Jozi Araújo Podemos AP
Vinicius Gurgel PR AP
Delegado Éder Mauro PSD PA
Francisco Chapadinha Podemos PA
José Priante PMDB PA
Josué Bengtson PTB PA
Júlia Marinho PSC PA
Lúcio Vale PR PA
Nilson Pinto PSDB PA
Simone Morgado PMDB PA
Wladimir Costa SD PA
Alex Canziani PTB PR
Alfredo Kaefer PSL PR
Dilceu Sperafico PP PR
Edmar Arruda PSD PR
Evandro Roman PSD PR
Giacobo PR PR
João Arruda PMDB PR
Luiz Carlos Hauly PSDB PR
Luiz Nishimori PR PR
Nelson Meurer PP PR
Nelson Padovani PSDB PR
Sergio Souza PMDB PR
Takayama PSC PR
Toninho Wandscheer Pros PR
Carlos Marun PMDB MS
Elizeu Dionizio PSDB MS
Geraldo Resende PSDB MS
Tereza Cristina PSB MS
Alfredo Nascimento PR AM
Arthur Virgílio Bisneto PSDB AM
Átila Lins PSD AM
Pauderney Avelino DEM AM
Sabino Castelo Branco PTB AM
Silas Câmara PRB AM
Lindomar Garçon PRB RO
Lucio Mosquini PMDB RO
Luiz Cláudio PR RO
Marinha Raupp PMDB RO
Nilton Capixaba PTB RO
Alexandre Baldy Podemos GO
Célio Silveira PSDB GO
Daniel Vilela PMDB GO
Giuseppe Vecci PSDB GO
Heuler Cruvinel PSD GO
Jovair Arantes PTB GO
Lucas Vergilio SD GO
Magda Mofatto PR GO
Pedro Chaves PMDB GO
Roberto Balestra PP GO
Thiago Peixoto PSD GO
Alberto Fraga DEM DF
Izalci Lucas PSDB DF
Laerte Bessa PR DF
Rogério Rosso PSD DF
Ronaldo Fonseca Pros DF
Flaviano Melo PMDB AC
Jéssica Sales PMDB AC
Carlos Henrique Gaguim Podemos TO
Dulce Miranda PMDB TO
Josi Nunes PMDB TO
Lázaro Botelho PP TO
Prof. Dorinha Rezende DEM TO
Adilton Sachetti PSB MT
Carlos Bezerra PMDB MT
Ezequiel Fonseca PP MT
Fabio Garcia PSB MT
Nilson Leitão PSDB MT
Professor Victório Galli PSC MT
Rogério Silva Pros MT
Antonio Bulhões PRB SP
Baleia Rossi PMDB SP
Beto Mansur PRB SP
Bruna Furlan PSDB SP
Celso Russomanno PRB SP
Dr. Sinval Malheiros Podemos SP
Eli Corrêa Filho DEM SP
Evandro Gussi PV SP
Fausto Pinato PP SP
Goulart PSD SP
Guilherme Mussi PP SP
Herculano Passos PSD SP
Jorge Tadeu Mudalen DEM SP
Marcelo Aguiar DEM SP
Marcelo Squassoni PRB SP
Marcio Alvino PR SP
Miguel Lombardi PR SP
Milton Monti PR SP
Missionário José Olimpio DEM SP
Paulo Freire PR SP
Paulo Maluf PP SP
Paulo Pereira Da Silva SD SP
Ricardo Izar PP SP
Roberto Alves PRB SP
Roberto de Lucena PV SP
Vinicius Carvalho PRB SP
Walter Ihoshi PSD SP
Aluisio Mendes Podemos MA
André Fufuca PP MA
Cleber Verde PRB MA
Hildo Rocha PMDB MA
João Marcelo Souza PMDB MA
José Reinaldo PSB MA
Junior Marreca PEN MA
Juscelino Filho DEM MA
Pedro Fernandes PTB MA
Sarney Filho PV MA
Victor Mendes PSD MA
Aníbal Gomes PMDB CE
Domingos Neto PSD CE
Genecias Noronha SD CE
Gorete Pereira PR CE
Macedo PP CE
Moses Rodrigues PMDB CE
Paulo Henrique Lustosa PP CE
Vaidon Oliveira DEM CE
Alexandre Valle PR RJ
Altineu Côrtes PMDB RJ
Aureo SD RJ
Celso Jacob PMDB RJ
Cristiane Brasil PTB RJ
Ezequiel Teixeira Podemos RJ
Francisco Floriano DEM RJ
Julio Lopes PP RJ
Leonardo Picciani PMDB RJ
Marcelo Delaroli PR RJ
Marco Antônio Cabral PMDB RJ
Marcos Soares DEM RJ
Paulo Feijó PR RJ
Pedro Paulo PMDB RJ
Roberto Sales PRB RJ
Rosangela Gomes PRB RJ
Simão Sessim PP RJ
Soraya Santos PMDB RJ
Walney Rocha PEN RJ
Zé Augusto Nalin PMDB RJ
Lelo Coimbra PMDB ES
Marcus Vicente PP ES
Átila Lira PSB PI
Heráclito Fortes PSB PI
Iracema Portella PP PI
Júlio Cesar PSD PI
Maia Filho PP PI
Paes Landim PTB PI
Beto Rosado PP RN
Fábio Faria PSD RN
Felipe Maia DEM RN
Rogério Marinho PSDB RN
Walter Alves PMDB RN
Ademir Camilo Podemos MG
Aelton Freitas PR MG
Bilac Pinto PR MG
Brunny PR MG
Caio Narcio PSDB MG
Carlos Melles DEM MG
Dâmina Pereira PSL MG
Delegado Edson Moreira PR MG
Diego Andrade PSD MG
Dimas Fabiano PP MG
Domingos Sávio PSDB MG
Fábio Ramalho PMDB MG
Franklin PP MG
Jaime Martins PSD MG
Leonardo Quintão PMDB MG
Luis Tibé PTdoB MG
Luiz Fernando Faria PP MG
Marcelo Aro PHS MG
Marcos Montes PSD MG
Marcus Pestana PSDB MG
Mauro Lopes PMDB MG
Misael Varella DEM MG
Newton Cardoso Jr PMDB MG
Paulo Abi-Ackel PSDB MG
Raquel Muniz PSD MG
Renato Andrade PP MG
Renzo Braz PP MG
Rodrigo de Castro PSDB MG
Saraiva Felipe PMDB MG
Tenente Lúcio PSB MG
Toninho Pinheiro PP MG
Zé Silva SD MG
Antonio Imbassahy PSDB BA
Arthur Oliveira Maia PPS BA
Benito Gama PTB BA
Cacá Leão PP BA
Claudio Cajado DEM BA
Elmar Nascimento DEM BA
Erivelton Santana PEN BA
João Carlos Bacelar PR BA
José Carlos Aleluia DEM BA
José Carlos Araújo PR BA
José Rocha PR BA
Lucio Vieira Lima PMDB BA
Márcio Marinho PRB BA
Mário Negromonte Jr. PP BA
Pastor Luciano Braga PRB BA
Paulo Azi DEM BA
Roberto Britto PP BA
Aguinaldo Ribeiro PP PB
André Amaral PMDB PB
Benjamin Maranhão SD PB
Efraim Filho DEM PB
Roberto Góes PDT AP
Osmar Bertoldi DEM PR
Rômulo Gouveia PSD PB
Adalberto Cavalcanti PTB PE
Augusto Coutinho SD PE
Bruno Araújo PSDB PE
Fernando Filho PSB PE
Marinaldo Rosendo PSB PE
Sebastião Oliveira PR PE
Zeca Cavalcanti PTB PE
Arthur Lira PP AL
Maurício Quintella Lessa PR AL

terça-feira, 22 de maio de 2012

CRIMINOSA CONDENADA


Do Blog MIDIA CARICATA

A estudante Mayara Petruso (aquela que de forma preconceituosa e discriminatória afirmou que “Nordestino não é gente. Faça um favor a SP: mate um nordestino afogado!" através de sua conta no Twitter durante a última eleição presidencial) foi condenada pela Justiça Federal a 1 ano, 5 meses e 15 dias de reclusão. Como há previsão legal, a pena foi convertida em prestação de serviço comunitário e pagamento de multa.

Essa "cidadã" do alto da sua revolta diante da confirmação da vitória de Dilma Rousseff mostrou não apenas a sua verdadeira face mas também as dos setores conservadores da nossa sociedade. A sua manifestação simplesmente condiz com boa parte daqueles que apoiaram o candidato derrotado e que também participaram de sua campanha presidencial (vale lembrar que se tratou da campanha mais suja de todos os tempos com práticas inclassificáveis do staff de José Serra).

Este "sujo" blogueiro entende que o promotor do caso deve recorrer da sentença por se tratar de uma punição pífia diante de um ato absolutamente perverso.

Pra cima dela Ministério Público!

terça-feira, 8 de novembro de 2011

NOTA DE REPÚDIO

Na manhã de hoje a Universidade de São Paulo reviveu momentos do Estado de exceção pelo qual este país teve a infelicidade de conviver em um passado recente. A tropa de choque da polícia militar invadiu a reitoria ocupada por estudantes para cumprir uma decisão judicial de reintegração de posse. Ocorre que a ação não parou por aí, a força militar do nosso Estado repressor aprisionou outros estudantes que estavam no CRUSP (Conjunto Residencial dos Estudantes) não deixando que nenhum dos seus moradores saísse de lá para facilitar a sua ação e isolou o campus como se estivesse em plena guerra levando mais de 400 policiais, dois helicópteros, dezenas de viaturas, cavalaria e cães para ao final levar mais de 70 Estudantes presos.

Tudo começou quando policiais militares resolveram revistar universitários e apreender alguns que portavam três cigarros de maconha (vale lembrar que o porte de drogas proibidas para uso próprio não condena ninguém à prisão). Ou seja, ocorreu um ato absolutamente desnecessário que faz com que o aparato policial deixe de proteger a Universidade de criminosos que matam, sequestram, roubam, estupram e passem a criminalizar Estudantes.

Diante disso, surgiu a reação por parte dos agredidos através da ocupação do prédio da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas e, posteriormente, da reitoria. Reação legítima contra o Estado que não os respeita e apenas reproduz ações policialescas e de repressão desnecessárias. Além disso, é importante lembrar-se da atuação do reitor, Grandino Rodas, que nunca demonstrou interesse em manter qualquer diálogo com os alunos. Fato esperado pelo histórico desse senhor desde o período do governo militar.

O fato é que a USP necessita de segurança cívica e não militar. É inadmissível que o policiamento tenha por função estar no espaço de uma universidade pública para vigiar Estudantes e os que nela trabalham com o cínico argumento de que é para a "sua segurança". Trata-se apenas de mais uma garantia de que a liberdade dos universitários será vigiada evitando qualquer forma de organização legítima contra a truculência, o sucateamento e a precarização e mercantilização da educação.

Os Advogados Progressistas repudiam o fato ocorrido e como ele foi veiculado pela velha monarquia midiática tupiniquim. A grande mídia, mais uma vez, prestou um desserviço à sociedade mascarando os fatos e fazendo a mesma leitura propositalmente preconceituosa e odiosa de simples Estudantes.

Toda solidariedade a Universidade Pública violada e aos universitários!

Advogados Progressistas