Não faz diferença se conseguiremos ou não.
Nós temos um ao outro e isso já é o bastante para o amor.
Nós vamos dar uma chance."
Mais um período escorreu entre os dedos.
Exatamente como inexoravelmente deve ser.
Não foi apenas mais um período mas sim, o período.
Ele se junta a outros especialíssimos que a vida nos presenteou.
A imposição da sobrevivência que empurra todos nós para a cegueira, mais uma vez, perdeu.
Foi derrotada pela visceral e constante resistência em defesa da dignidade da pessoa humana.
Com (re)encontros belíssimos de companheiros(as) na mesma trincheira, a existência se mostrou absolutamente impávida, urgente e pulsante.
Locais improváveis com antigos e novos parceiros de (con)vivências surgiram tão necessários e belos quanto o sol após a maravilhosa e inigualável noite.
Se alguns focam as macro objetivas desviantes e confinantes, outros tantos não abrem mão do objetivo horizontal, humanizado e do bom combate.
Aprendemos a reconhecer nossos defeitos e exaltar nossas qualidades naturalmente.
Fomos condenados a seguir quebrando impetuosamente as algemas aparentemente invisíveis.
Não importa se está tarde ou cedo, mas apenas o que nos importa. Jamais nos abandonaremos porque sempre estaremos atentos ao cuidar reciprocamente.
Celebremos o simples e infinito agradecimento à vida por seguirmos respirando ares de humanidade juntos.
Há braços!
Coletivo Advogados para Democracia