sexta-feira, 4 de março de 2016

O PAI DA VERDADE É A HISTÓRIA E NÃO A AUTORIDADE

Porta do Instituto Lula registrou a farsa da democracia brasileira
Neste 4 de março, o país assistiu ao avanço mais antidemocrático e reacionário registrado nos últimos tempos.

Diante de um cenário hipócrita e miserável sob o ponto de vista das relações institucionais e de poder um ex-presidente foi levado a depor coercitivamente pela Polícia Federal sem embasamento legal para tanto. A democracia brasileira assistiu a um sequestro realizado pelo Estado.

Com a celebração dos velhos donos do país e da oposição, tristemente, representada pelo Partido da Imprensa Golpista com tal ação, o Estado Democrático de Direito foi golpeado fortemente.

É inadmissível que a lei seja seletiva e processos investigatórios não possuam qualquer privacidade fazendo nascer promiscuidade entre o judiciário e a velha e golpista imprensa.  

A presunção de inocência foi deixada de lado e a espetacularização pejorativa do Estado brasileiro prevaleceu mais uma vez. E tudo com a conivência e participação não apenas do PIG mas também de setores entreguistas da elite bem como do próprio governo, dos inocentes úteis e ignorantes.

O próximo passo é derrubar a presidenta eleita com os votos de 54 milhões de brasileiros.

Mais um golpe, como em outros tristes momentos da nossa história, está definitivamente lançado com as mesmas nefastas características fascistas.

Tudo referente à Lula, Dilma e ao Partido dos Trabalhadores é sinônimo de ódio, preconceito, discriminação e fascismo. Para os golpistas esse pessoal não pode continuar vencendo eleições no voto democrático!

A miséria dessa conclusão é que os que fomentam, lutam, gritam, buzinam, batem panelas e se manifestam pelo golpe não conseguem enxergar que tal ação se voltará mais cedo ou mais tarde contra o país inteiro, inclusive eles.

O rompimento da legalidade não apresenta limites e o Estado passa a ser de exceção promovendo julgamentos e condenações sem que o devido processo legal seja respeitado. 

Diante desse fato, os cidadãos conscientes, responsáveis e que tem compromisso com o futuro do país não podem permanecer inertes. Se realmente os brasileiros querem acabar com a corrupção é necessário que se movimentem no sentido de defender a nossa democracia e o governo legitimamente escolhido pela maioria.

Caso contrário continuaremos assistindo a nossa nação achincalhada e desrespeitada pelos próprios brasileiros. 

A república não é do Moro e de seus desatinos e ilegalidades. Muito menos de FHC e sua turma com a compra de votos para a reeleição e a privataria tucana; de Aécio com seu "helipóptero" e a pista para pousos e decolagens de aviões construído com dinheiro público em fazenda da sua família; de Alckmin do "trensalão" e da máfia da merenda nas escolas; de Maluf procurado pela Interpol; de Cunha e suas contas offshore na Suíça; e tantos outros nefastos representantes, fatidicamente, eleitos.

A República Federativa do Brasil precisa ser definitivamente dos brasileiros. A passividade nesse momento poderá fazer com que o país retroceda socialmente diante das conquistas dos últimos anos.

Partidos políticos e representantes eleitos não podem ser vistos como times de futebol sob pena rigorosa da história na vida de todos nós.

Coletivo Advogados para a Democracia

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