Há 52 anos, a mentira passava a prevalecer no Brasil. Em 1º de abril
de 1964, o país sofria um golpe de Estado articulado pelo exército,
pelo governo norte-americano, por setores da sociedade civil e pelo PIG
(reveja o vídeo"Jamais esqueçamos" e releia o texto "À folha com carinho").
João Goulart, eleito pelo povo, foi retirado da presidência e o país
passava a viver um período nefasto sob o comando do desgoverno militar
que durou de 1964 a 1985.
A cada ano que passava, a ditadura militar aumentava o seu método
repressivo e agia de forma covarde, por meios inteiramente ilegais como a
realização de sequestros, torturas, assassinatos, cárcere privado e
ocultação de cadáver. Um verdadeiro "menu" de atrocidades contra a
humanidade de dar inveja a Hitler e seus comparsas.
Segundo números oficiais do governo brasileiro, pelo menos 475 cidadãos
morreram ou desapareceram naquele período. Por se tratar de uma
contagem oficial referente a um momento da nossa história onde todos os
atos desumanos praticados pelo poder eram mantidos sob sigilo,
certamente e infelizmente esse número é maior.
A data deve ser lembrada todo ano para que se reforce a necessidade de que sejam abertos os arquivos da ditadura e os assassinos paguem por seus inclassificáveis atos. Que as Comissões da Verdade instaladas por todo o país e aquelas que terminaram seus trabalhos entregando seus relatórios finais continuem atuando para que todos os fatos, torturadores e assassinos daquele período sejam revelados e que o Estado Brasileiro não se contente apenas com isso. É necessário seguir os passos de Argentina, Chile e Uruguai que levaram ao banco dos réus os seus militares e civis que participaram ativamente do Estado de exceção.
Precisamos passar a história a limpo para que a sociedade brasileira possa seguir o seu caminho com dignidade.
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